Chove lá fora, e eu, aqui dentro, não sei se chove mais lá fora ou se dentro de mim, a chuva que cai parece sincronizada com o meu pranto, se não fosse tão triste, seria um consolo, a natureza está triste como eu, mas eu sei que como a chuva, meu pranto vai passar, agora as coisas parecem sem sentido, meio desfocadas, quando se olha pra elas com os olhos cheios de lágrimas, como olhar atraves de um vidro a paisagem quando está chovendo, mas quando o sol voltar e iluminar tudo, vou poder enxergar as coisas lindas que existem bem na minha frente e não consigo ver, e esse sol aquecera a minha alma.
Então eu penso: será preciso perder quem amamos pra nos encontrarmos? Talvez não, mas o fato é que o encontro com nós mesmos só pode ser alcançado individualmente, quando encontramos pessoas que de fato despertam o q há de melhor e pior em nós, precisamos desse encontro conosco pra seguir em frente, eu encontrei essas pessoas, preciso encontrar a mim mesma.
Nesse momento eu posso sentir o quanto é doloroso ter saudades, não tenho vergonha de chorar, da mesma forma que não sinto vergonha por amar, mas saudade, saudade não se traduz, apenas se sente, sente, sente...
Eu quero estar com a pessoa que faz o meu sol brilhar e que desaba a minha chuva, pois a vida não é feita só de sol, a terra precisa da chuva pra ser fertil, nós precisamos da chuva pra crescer e nos tornarmos fortes como os troncos das árvores, estou no meu momento chuva, mas o sol haverá de voltar, espero que com ele traga a pessoa que mais amo, mas não importa o que vá acontecer, nós somos sobreviventes, cada dia que passa travamos uma batalha contra a morte, então porque não sobreviveriamos ao nosso caos interior?
Um dia eu irei rir de tudo isso, e me perguntar: Quem nunca passou pelo que eu passei? E inconscientemente eu saberei que muitas pessoas já passaram por isso, pois a história de um ser humano, é a historia de toda a humanidade, estamos todos conectados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário